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Doadora de órgãos conversou com turma do terceiro ano

17/10/2017

A turma do 3° ano do Ensino Médio A, na sexta-feira do dia 29 de setembro, recebeu uma visita muito especial. Os alunos, que já estavam estudando sobre a doação de órgãos no Brasil, tiveram a oportunidade de conversar e esclarecer dúvidas sobre o assunto com a professora de história Adriana Cristina Fries.

Tudo começou em 2009 quando seu filho Samuel Schmidt, na época com 20 anos, foi diagnosticado com insuficiência renal crônica. Quando doente, o rapaz visitava clínicas de saúde diversas vezes na semana e ficava “preso” a uma cadeira por muitas horas. Durante cinco anos ele não pode viajar, jogar futebol nem trabalhar. Adriana conta que foi um período turbulento na vida da família, pois seu filho passou a fazer dietas, consultar psicólogos...

A única solução para o problema era a realização do transplante de rim. O jovem queria que o órgão viesse de um doador vivo e, assim, Adriana resolveu fazer exames para ver se poderia ser a doadora. A mãe estava, porém, muito acima do peso ideal para poder efetivar a doação, mas, fora isso, os exames mostraram que Adriana era compatível com o filho. Ela passou então por uma grande mudança em sua alimentação e, depois de dois anos e meio, conseguiu emagrecer e estava pronta para doar seu rim ao filho.

Em 27 de agosto de 2014 foram realizadas as cirurgias. O resultado foi melhor que o esperado e a recuperação também foi ótima.

Hoje, com 27 anos, Samuel leva uma vida normal e pode finalmente viajar, jogar futebol e trabalhar. Naturalmente, realiza exames de três em três meses e precisa tomar medicamentos para que seu corpo não rejeite o órgão da mãe. Adriana também vive normalmente com um rim e diz que, se pudesse, faria tudo de novo.

 

Texto: Eduarda Luísa da Rocha, estudante do M3A