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Meditação

29/05/2019 - Fuga e abandono

Mateus 26.47-56

Então todos os discípulos abandonaram Jesus e fugiram. (v. 56)

Uma fábula creditada a Esopo (620-564 a.?.), escravo e contador de histórias que viveu na Grécia antiga, narra que dois amigos andavam juntos. No caminho foram surpreendidos por um urso. Um deles conseguiu subir em uma árvore. O outro, ao perceber que não podia enfrentar o urso, fingiu-se de morto, pois tinha ouvido que esses animais não tocam em corpos mortos. O urso se aproximou, cheirou a sua cabeça, e, aparentemente satisfeito e convencido de que o homem estava de fato morto, foi embora. O amigo desceu da árvore e perguntou: "Pareceu-me que o urso estava sussurrando alguma coisa em seu ouvido. Ele lhe disse algo?". O outro respondeu: "De fato, ele falou, sim! Disse que não é nada sábio e sensato de minha parte andar na companhia de um amigo que no primeiro momento de aflição me deixa na mão". A história da Paixão de Cristo mostra a nossa condição humana. Assim como os discípulos, somos semelhantes à pessoa que subiu na árvore a fim de fugir do perigo, sem nos importarmos com a situação de Jesus. O nosso amigo Jesus, no entanto, não se fingiu de morto, mas enfrentou a prisão, o sofrimento, a violência e a morte real de cruz para nos salvar e redimir. Não se queixou do abandono, mas por fidelidade ao Pai sofreu em nosso lugar. Pagou a nossa dívida. O tempo da Quaresma nos chamou a refletirmos sobre o abandono sentido por Jesus. E continua nos desafiando também a vencermos o egoísmo, a sermos mais solidários, generosos e amáveis.

 

Inspirado em texto do livro Castelo Forte/2019

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